Recordar é viver - é costume dizer. Ainda que essa recordação, quando penosa, nos belisque cicatrizes de feridas abertas no passado.
É que, ao relembrar essas feridas, recordamos lugares, gentes, ambientes onde, felizes e despreocupados, erguíamos um promissor futuro...mas afinal desfeito. Será então, como diz o poeta, um doce amargo de infelizes, um delicioso pungir de acerbo espinho.
Neste entendimento, reproduzem-se em algumas crónicas extractos do diário de um "Lobitanga" que viveu os acontecimentos do ano da independência, no Lobito (1975/76).